"HOMME LIBRE. TOUJOURS TU CHÉRIRAS LA MER"

Aug 26, 2007

- O porto não é o mesmo sem eles

- A Miúda sente-se bem longe da rebentação. Sem pé, onde o mar é profundo, onde pode ser surpreendida

- Onde a entrega é total

- Onde a entrega é total

- Onde ninguém é previsível

- Onde ninguém é previsível

- Eles não gostam do hábito

- O hábito não é desconhecido. É um domínio aparente que destrói a espontaneidade

- Se te entregares a uma pessoa tudo é permanentemente desconhecido

- Tudo é arriscado

- E é esse risco que o Marinheiro del Sur não quer correr. Não quer gostar demasiado dela

- Porquê?

- Porque não a quer magoar e não quer que mais ninguém o magoe. Lembras-te daquela brincadeira? Ele está sempre à espera que ela lhe apresente um namorado. Ele sabe exactamente como vai reagir nesse momento

- É por isso que ele nunca diz que gosta dela?

- Sim. Para ela não se iludir demasiado. Para ele poder partir quando quiser sem a magoar demasiado. E para ele se poder afastar com dignidade se for ela a partir

- Mas a Miúda adora-o … e a Miúda, aqui para nós, percebe essas coisas todas… ela quer que ele arrisque deixar-se ir …apesar do medo de ambos…ela só faz de conta que da parte dela a entrega não é total porque sente que ele ainda faz esses ‘jogos’ com ela … que ela desmonta mesmo sem querer porque para ela o Marinheiro não é uma conquista…é o homem mais fascinante do mundo…eu já a ouvi dizer isso…e aceita-o como ele é... e apesar de ela o desejar muito, tenho a certeza, aceita-o como amigo, se for isso que ele decidir…o que acha é um desperdício esta fuga constante…

- Estás a ser tão pirosa!

- Eu sou romântica. Gostava de os ver de novo juntos…

- Anda cá, pirosa!

- Que é?

- Arrisca! Só te digo quando estiveres aqui, ao pé de mim

- Vá, diz lá

- Deixa-me adivinhar o que estivestes a beber…

- Parvo…

- Que romântica…

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