"HOMME LIBRE. TOUJOURS TU CHÉRIRAS LA MER"

Jan 30, 2008

Émile Zola, deux amants inconnus

"Une espérance me reste : c'est qu'il ne se trouvera pas une seule personne en ce pays qui ait la tentation de lire nos histoires. Noire siècle est vraiment bien trop occupé, pour s'arrêter aux causeries de deux amants inconnus. Mes feuilles volantes passeront sans bruit dans la foule et te parviendront vierges encore. Ainsi, je puis être fou tout à mon aise"

Jan 27, 2008

Sr. Oliveira- Uma Senhora, estar assim a expor-se, não tem vergonha?
Cê- De Amar, Sr. Oliveira, quer que me sinta envergonhada por amar?
Sr. Oliveira- De expor aos olhos do mundo os seus sentimentos, minha filha, de expor aos olhos do mundo os seus sentimentos…
Cê- Viu “A insustentável leveza do ser”?
Sr. Oliveira- Estou hospedado lá em baixo, não percebo porquê, um erro de protocolo, e não tenho televisão no quarto…mas vi no cinema…uma pouca vergonha…
Cê- Como consegue ser tão…
Sr. Oliveira- Cuidado com a escolha das palavras, minha filha, cuidado…
Cê- Não gosto de si!
Sr. Oliveira- Minha filha, ainda estás a tempo de ser salva…porque não casas com alguém que esteja bem na vida, que seja um bom pai de família, honesto, que vá à missa todos os domingos…amar um desconhecido…no fundo um desconhecido…
Cê- “Vá à …”, viu esse filme, Sr. Oliveira? Serei Amante toda a vida, por amar, algo que não sabe o que é!
Sr. Oliveira- Que Deus tenha piedade de ti…
Cê- O Amor é revolucionário!
Sr. Oliveira- É isso que me consome, de facto o amor dá cabo de qualquer lei…A Senhora precisa é de entrar para um convento…
Cê- O caraças, Sr. Oliveira, só se for para fugir…















Jan 26, 2008

"c'est justement parce que tu ressembles à personne que j'aurais voulu te rencontrer toujours...n'importe où..."

"Ami? C'est un grand mot, qu'en penses-tu, Ras?"


Jan 25, 2008

Amis

"Amis,
Amis,
Contre tous les coups du sort
De la journée,
On sera deux.
Amis"

La mer ressemble à ton amour

"La mer ressemble à ton amour
Sa couleur change au gré des jours
Mais dans son âme elle est la même
Elle est fidèle à ceux qui l'aiment

Elle se nourrit de liberté
De l'espace et d'éternité

Elle n'est jamais vraiment captive
Elle veut sentir qu'on la désire

Elle est sauvage, elle est rebelle


Il faut la conquérir toujours
La mer ressemble à ton amour

Elle a des vagues de tendresse
Qui m'épousent et me caressent
Elle s'abandonne autour de moi
Pour rejaillir entre mes doigts"

Antonio Machado/ Paco Ibanez

"Tus ojos me recuerdan
las noches de verano
negras noches sin luna,
orilla al mar salado,
y el chispear de estrellas
del cielo negro y bajo.

Tus ojos me recuerdan
las noches de verano.
Y tu morena carne,
los trigos requemados,
y el suspirar de fuego
de los maduros campos.

De tu morena cara,
de tu soñar gitano,
de tu mirar de sombra
quiero llenar mi vaso.

Me embriagaré una noche
de cielo negro y bajo,
para cantar contigo,
orilla al mar salado,
una canción que deje
cenizas en los labios...
De tu mirar de sombra

de los maduros campos.

Tus ojos me recuerdan
las noches de verano"

Jan 23, 2008

A Miúda e o Mar

- Mar?
- Miúda?
- Queres, Mar?
- O que é isso, Miúda?
- Uma bola, não é de Berlim. Sabe bem, experimenta…
- Não quero, obrigado.

- Mar?
- Diz?
- Já pensastes que podes estar enganado em relação a mim?
- Em relação a ti, porquê?
- Porque eu pensei que posso estar enganada em relação a ti…
- Em relação a mim, porquê?
- Porque como tu não resistes e achas que podes controlar tudo…
- Eu, Miúda?
- Não te zangues comigo, Mar, estou a dizer isto com um sentimento tão forte e tão profundo que ninguém, Mar, é capaz de controlar…Esta bola chama-se Mundo, sabias? – É um Mundo por favor…
- MIÚDA! Não quero perder a paciência contigo mas tenho milhares de coisas para fazer…Diz!
- Tu não deves ter percebido que eu não estava zangada contigo, estava a brincar contigo, estava a ver se me ligavas…Eu queria estar contigo! E tu não percebestes…
- Não me lembro, não sei do que estás a falar…
- Mar, ESTÁS A SER CONSERVADOR!
- Tu não me irrites, Miúda, não sabes do que eu sou capaz!
- TU SABES AMAR E ACABEI DE DESCOBRIR UM DOS TEUS SEGREDOS! FAZES DE CONTA MAS SABES AMAR!
- MIÚDA! EU ESTOU A COMEÇAR A FICAR…
- Não importa, Mar, foi a descoberta mais importante…AMO-TE, MAR!

- Agora não posso, depois falamos…

Jan 22, 2008

A descobrir, entre outros artigos, em www.feitoria.com

“Adornou o meu quarto a flor do cardo,
Perfumei-o de almíscar rescendente;
Vesti-me com a púrpura fulgente,
Ensaiando meus cantos como um bardo.

Ungi as mãos e a face com o nardo
Crescido nos jardins do Oriente,
A receber com pompa, dignamente,
misteriosa visita a quem aguardo.

Mas que filha de reis, que anjo ou que fada
Era essa que assim a mim descia,
Do meu casebre à húmida pousada?

Nem princesas, nem fadas. Era, flor,
era a tua lembrança que batia
Às portas de ouro e luz do meu amor!”

in «A Geração de 70» Sonetos de Antero de Quental

Jan 20, 2008


Comprei o último livro de Luiz Pacheco em Dezembro de 2007. Cresci a saber que ele existia, louco como todos nós, inconveniente como poucos de nós. Estou a ler os Maias. Já fomos diferentes. O que é que aconteceu entretanto?


Jan 19, 2008





Let’s do it! Let’s fall in … a beautiful friendship!


Mané, agora já podes escrever no blog, experimenta ! (tinhas razão, o acesso estava de facto com restrições)

...tenho o nome debaixo da língua...












Jan 18, 2008

A Miúda e o Mar

- Miúda…
- Mar?
- Chega aqui…
- Aqui?
- Não, não, não, Miúda, aqui.
- Está bem, Mar, aqui.
- Vou contar-te um segredo
- Um segredo, Mar?
- Um segredo, Miúda, que já tentei contar-te antes mas tu estavas a pensar noutras coisas
- Em que coisas, Mar?

- Empresta-me a tua mão…
- A minha mão, Mar, então posso?
- Não, Miúda…emprestas-me?
- Sim!
- Fecha os olhos
- Já fechei
- O que é isto?
- Um lápis, Mar?
- E isto?
- Uma folha, Mar? Está húmida…
- Está, Miúda, estamos à beira-mar, e eu molhei de propósito esta folha, mas tu confias em mim?
- Confio, Mar!
- Esta folha não tem nada escrito
- Eu acredito, Mar!
- Escreves com a mão direita?
- Não sabes, Mar?
- Estava a brincar contigo!
- Estou a escrever, Mar? O quê?
- Concentra-te, Miúda, que letra foi esta?
- Um… (e a Miúda disse baixinho ao ouvido do Mar que se afastou com doçura)
- Agora não digas mais nenhuma letra
- Porquê, Mar?
- Porque é o nosso segredo mais profundo

- Eu, Mar?
- Sim, Tu, Miúda!
- Para ser feliz, Mar?
- Para ser feliz!
- Quando é que descobristes, Mar?
- Há muito tempo, Miúda, há muito tempo…mas esse é outro segredo…

- O nosso segredo é mesmo muito profundo, não é Mar?
- É, Miúda, e é muito importante que compreendas tudo o que está nesta folha…que já vai ali…consegues vê-la?

- Consigo, Mar, consigo
- Amigos, Miúda?
- Amigos, Mar! Posso? A sua mão ainda está na minha mão…
- A minha mão? Miúda, nem tentes!
- Estava a brincar, Mar, estava a brincar…já vistes como está bonito este fim de tarde? O nevoeiro a cair, as luzes…
- Tens razão. Agora preciso de ir. Ficas bem?
- Fico, Mar, fico. Depois posso ir ter contigo?
- Podes, claro, quando quiseres
- Agora eu vou descansar…
- Então, Miúda?
- Estou cansada, Mar, preciso de dormir
- Está bem, Miúda, dorme bem
- Obrigada, Mar, o teu beijo sabe a…
- Miúda!
- Sabe, no sentido de ser um beijo infinitamente bom e profundo
- Miúda!
- O que quero dizer é que hoje… foi um dia muito especial…
- E?
- E que eu vou conseguir dormir bem e que amanhã vou…
- Vais…

- Vai, Mar. Eu sei que tens que ir agora. Fica descansado. Percebi tudo.

- Tudo, Miúda?
- Vai, Mar, descansado, eu apareço. Para a semana. E não fico triste se não quiseres tomar aquele pequeno-almoço que temos adiado, aqueles ovos quase cozidos com sal e pimenta, aquelas fatias de pão com queijo e pepino que eu adoro, aquele café fantástico, aquelas frutas deliciosas…
- Miúda!
- Mar, estou muito cansada, não sei o que digo…

- Miúda, gosto de ti!
- Mar, gosto de ti!

- Amigos?
- Amigos!

Jan 17, 2008

Depois digo qualquer coisa é um belíssimo título para um livro mas acho que rapidamente cairia no erro de escrever um romance autobiográfico com milhares de páginas chato como o caraças e que provavelmente nem eu teria coragem de folhear.

O título esse sim tem charme apela para a intemporalidade da vida, cria um mistério em torno das circunstâncias em que esta frase terá sido dita e, claro, não é meu.

A última coisa que me apetece é estar triste andar triste até porque andei demasiados anos triste o que me deixou sem forças para continuar viva e triste ao mesmo tempo.

A Miúda, da história a Miúda e o Mar, como eu, só quer ser feliz, só é verdadeiramente feliz com o Mar, e os dois precisam de descobrir o significado de com na vida deles.

A Alexandra deu-me a deixa para continuar, também aqui, no blog, a história da Miúda e do Mar.

É o que vou fazer.
(não combinámos não senhor eu por acaso não rezei a todos os santinhos que não sei rezar mas quis muito que alguém pedisse para a história não acabar)

E como sempre defendi que há histórias que não têm que ter fim…
…depois digo qualquer coisa!

(agora tenho que ir trabalhar porque ainda não escrevi nenhum livro, quando conseguir escrever provavelmente não vai ser um sucesso, a máquina de lavar roupa já está arranjada, o senhor já se foi embora e disse-me que talvez o frigorífico esteja torcido e não tenha arranjo)

Jan 13, 2008

A Miúda e o Mar

- Mar!
- Sim?!
- Mar, sou eu, a Miúda!
- Desculpa, não te estava conhecer!
- Não me estavas a conhecer, Mar?
- Não, estou ocupado. O que queres? Ah, já sei. Queres que eu trate daquelas coisas que me dissestes, não sei quando posso tratar disso mas eu não me esqueço…
- O que se passa contigo, Mar?
- Nada.
- Estou a incomodar?
- Não, diz!
- Se eu morrer hoje, ou amanhã, ou depois de amanhã queria ter vivido a vida inteira contigo!
- Mas eu não gosto assim tanto de ti! O que queres dizer com a vida inteira?
- Nada Mar, não ligues, pensei que eras diferente!
- Diferente, como?
- Não é importante, Mar, pelo menos para ti, não é importante. Peço desculpa por te ter incomodado.



- Adeus, Mar…Quando quiser, sabe onde encontrar-me…num sítio onde as pessoas não fazem de conta que não gostam das outras pessoas…



Fim do blog Marinheiro del Sur