"HOMME LIBRE. TOUJOURS TU CHÉRIRAS LA MER"

Feb 26, 2008

Podes desejar o que não existe, não podes amá-lo

"- Quem é que tu amas? Eu, tal como sou. Podes desejar o que não existe, não podes amá-lo. Se assim é, por que te esforças tanto para me modificar?"

Samuel Beckett


Feb 23, 2008

Gato Barbieri

O amor é a mais forte das paixões

"Nas outras, os desejos têm que se acomodar às tristes realidades; nesta, são as realidades que se apressam a identificar-se com os desejos; ela é, portanto, a paixão em que os desejos violentos têm uma maior realização"


O mundo é de quem não sente

"O mundo é de quem não sente. A condição essencial para se ser um homem prático é a ausência de sensibilidade"



Giuseppe Bergman!



Feb 19, 2008












Feb 16, 2008

A Miúda e o Mar

- Mar, o que quer dizer ser amigo?
- Agora não posso…

A Miúda afasta-se a correr, para não chorar ao pé do Mar. O Marinheiro del Sur pensa em voz alta enquanto a sente a fugir:

- Quando é que ela vai perceber que só podemos ser amigos?

A Miúda só para à beira mar. Os pés molhados. As mãos a subirem em forma de concha, a misturarem as lágrimas com a água salgada. Acorda de uma forma doce, como se tivesse tido um sonho triste:

- Quando é que ele vai perceber que podemos ser amigos?

Feb 13, 2008

"L'amour est un oiseau rebelle"

De resto, o que teria a dizer ao seu país

“ De resto, o que teria a dizer ao seu país, como fruto da sua experiência, reduzia-se pobremente a três conselhos, em três frases- aos políticos:” menos liberalismo e mais carácter”;aos homens de letras:”menos eloquência e mais ideias”;aos cidadãos em geral:”menos progresso e mais moral”

Feb 11, 2008

Les amoureux des bancs publics

« J't'aimerais à genoux moi que ne prie jamais
J't'aimerais même si tout à coup tu me disais que tu m'aimais »

“pela sua aplicação, os seis modos doces e graves, ganhara a afeição da madre superiora - que às vezes, olhando-a com tristeza, acariciando-lhe o cabelo caído em duas tranças segundo a regra, lhe mostrava o desejo de a conservar sempre ao seu lado. Le monde, dizia ela, ne vous sera bon à rien, mon enfant!... »

Feb 10, 2008

Feb 6, 2008

A Miúda e o Mar, inspirado num diálogo dos Maias

A Miúda, com uma flor na mão, perguntava em voz alta:

- Gosta um bocadinho assim de mim…gosta um bocadinho assim de mim…gosta um bocadinho assim de mim…mostrando à flor, com gestos, os tamanhos possíveis da amizade que, por não falarem um com o outro, lhe parecia agora em perigo…

- Porque precisas de perguntar às flores?

- Mar!

- Adeus Miúda, ia a passar…agora não posso…Hum, e qual foi a resposta?

- Gosta um bocadinho assim de mim…

- As flores não percebem nada destas coisas!



- Mar?

- Diz…tenho que ir…

- Nem nós, Mar

- Nem nós o quê, Miúda?

- Nem nós percebemos nada destas coisas…

Feb 5, 2008

"Et nous ferons de chaque jour
Toute une éternité d'amour
Que nous vivrons à en mourir"

A Miúda e o Mar

- Mar?
- Miúda, agora não posso…

- Mar…

Belle, c'est un mot qu'on dirait inventé pour elle

"(Quasimodo)
Belle
C'est un mot qu'on dirait inventé pour elle
Quand elle danse et qu'elle met son corps à jour, tel
Un oiseau qui étend ses ailes pour s'envoler
Alors je sens l'enfer s'ouvrir sous mes pieds
J'ai posé mes yeux sous sa robe de gitane
A quoi me sert encore de prier Notre-Dame
Quel
Est celui qui lui jettera la première pierre
Celui-là ne mérite pas d'être sur terre
O Lucifer !
Oh ! Laisse-moi rien qu'une fois
Glisser mes doigts dans les cheveux d'Esméralda

( Frollo )

Belle
Est-ce le diable qui s'est incarné en elle
Pour détourner mes yeux du Dieu éternel
Qui a mis dans mon être ce désir charnel
Pour m'empêcher de regarder vers le Ciel
Elle porte en elle le péché originel
La désirer fait-il de moi un criminel
Celle
Qu'on prenait pour une fille de joie une fille de rien
Semble soudain porter la croix du genre humain
O Notre-Dame !
Oh ! laisse-moi rien qu'une fois
Pousser la porte du jardin d'Esméralda

( Phoebus )
Belle
Malgré ses grands yeux noirs qui vous ensorcellent
La demoiselle serait-elle encore pucelle ?
Quand ses mouvements me font voir monts et merveilles
Sous son jupon aux couleurs de l'arc-en-ciel
Ma dulcinée laissez-moi vous être infidèle
Avant de vous avoir mené jusqu'à l'autel
Quel
Est l'homme qui détournerait son regard d'elle
Sous peine d'être changé en statue de sel
O Fleur-de-Lys, Je ne suis pas homme de foi
J'irai cueillir la fleur d'amour d'Esméralda

( Quasimodo, Frollo et Phoebus )

J'ai posé mes yeux sous sa robe de gitane
A quoi me sert encore de prier Notre-Dame
Quel
Est celui qui lui jettera la première pierre
Celui-là ne mérite pas d'être sur terre
O Lucifer !
Oh ! laisse-moi rien qu'une fois
Glisser mes doigts dans les cheveux d'Esméralda
Esméralda"

Eça, um olhar masculino?

“Ela acreditava candidamente que pudesse haver, entre uma mulher e um homem, uma amizade pura, imaterial, feita da concordância amável de dois espíritos delicados

Também tinha fé nessas belas uniões, todas de estima, todas de razão – contanto que se lhes misturasse, ao de leve que fosse, uma ponta de ternura…Isto perfumava-as de um grande encanto – e não lhes diminuía a sinceridade.

E, sob estas palavras um pouco difusas, murmuradas por entre as malhas do bordado e com lentos sorrisos, ficava subtilmente estabelecido que entre eles só deveria haver um sentimento assim, casto, legítimo, cheio de suavidade e sem tormentos”

Os Maias

“- Um retrato?

- Uma surpresa que tem que ir daqui a três dias para Celorico, para o dia de anos de uma criaturinha que me adoçou o exílio.

- Oh, Ega!

- É horroroso, mas então? É a filha do padre Correia, filha conhecida como tal;além disso casada com um proprietário rico da vizinhança, reaccionário odioso…De modo que, bem vês, esta dupla peça a pregar à Religião e à Propriedade…

- Ah! Nesse caso…

- Ninguém se deve eximir, amigo, aos seus grandes deveres democráticos!”

Os Maias

“Assim, gostava da república, por lhe parecer o regime em que há mais solicitude pelos humildes.

- Socialista, legitimista, orleanista – dizia ela – qualquer coisa, contanto que não haja gente que tenha fome!

Mas isso era possível? Já Jesus, mesmo, que tinha tão doces ilusões, declarara que pobres sempre os haveria…

- Jesus viveu há muito tempo, Jesus não sabia tudo…Hoje sabe-se mais, os senhores sabem muito mais…É necessário arranjar-se outra sociedade, e depressa, em que não haja miséria.”

Os Maias

“Ah! Se ela fosse de sentimentos errantes e fáceis – que bela flor a colher, a respirar, a deitar fora depois!”

Os Maias