"HOMME LIBRE. TOUJOURS TU CHÉRIRAS LA MER"

Jan 14, 2007

as prisões não têm hortênsias e poesia

habituamo-nos mas se um dia conseguir sair daqui já as mãos estarão fodidas de agarrar estas grades e as mulheres também que ninguém perde tempo a esperar por mim é o perdes deixaram-me por a bandeira nacional à janela e sinto-me como quando mijamos a marcar o território que já me esqueci do que fiz para merecer este trono sobre o oceano onde a humidade dourada percorre as paredes e onde pressinto a presença do sr. santo cristo que me entregou as marés à sua guarda e já lhe expliquei que me recuso a ser acólito em eucaristias onde quem se ajoelha divide os trocados entre o padre que é esperto como o caraças e a freirinha que muitos prazeres intemporais lhe deve dar ainda hoje enxuta como é com a sua bolsinha de veludo depois de ouvirmos falar em tons menores das cruzadas e em tons maiores numas coroas para a causa e eu é que estou preso o caraças maus são os que já abriram os braços para abraçar quem amam e os braços não cobriram nem um infinitesimal do território onde posam os pés

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